Mundo

Ucrânia vai investigar interferência nas eleições presidenciais dos EUA de 2016

Presidente ucraniano reiterou que que "não houve chantagem" no telefonema que teve com Trump.

Ucrânia vai investigar interferência nas eleições presidenciais dos EUA de 2016
JUSTIN LANE

O Presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, comprometeu-se hoje a mandar investigar a possibilidade de serviços ucranianos terem interferido nas eleições presidenciais dos EUA em 2016, como acredita o Presidente Trump.

Donald Trump pediu ao Presidente da Ucrânia, num telefonema em julho, para lançar uma investigação sobre a alegada interferência de serviços de inteligência ucranianos nas eleições presidenciais de 2016, numa tentativa de descredibilizar a investigação do procurador-especial Robert Mueller, que tinha concluído ter havido interferência por parte do Governo russo.

Zelenksy disse hoje aos jornalistas que não está em condições de dizer se a interferência ucraniana existiu ou não, mas acrescentou que "alegremente" pedirá uma investigação sobre o assunto, respondendo ao apelo do Presidente norte-americano.

O Presidente da Ucrânia também aproveitou para repetir que "não houve chantagem" no telefonema que teve com o seu homólogo dos Estados Unidos, em julho, referindo-se ao caso que instigou a maioria Democrata na Câmara de Representantes dos EUA a iniciar um inquérito para a destituição de Donald Trump, por abuso de poder no exercício do cargo, ao pressionar um líder estrangeiro a investigar as atividade com uma empresa ucraniana do filho de Joe Biden, ex-vice-Presidente e atual adversário político Democrata.

Nesse telefonema, Trump passou a ideia de que apenas daria ajuda financeira à Ucrânia se o Presidente Zelensky concordasse em investigar o filho de Joe Biden, ameaçando reter um pacote financeiro de milhões de dólares.

Zelensky esclareceu hoje que só soube que a ajuda financeira tinha sido bloqueada dias depois do telefonema com Donald Trump, negando a hipótese de ter concedido a possibilidade de investigação para conseguir esse apoio norte-americano.

Lusa