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China detém ativista feminista que participou numa manifestação em Hong Kong

A ativista é uma voz ativa do movimento #MeToo na China.

China detém ativista feminista que participou numa manifestação em Hong Kong
Tatyana Makeyeva

Os amigos de uma ativista do movimento #MeToo na China afirmam que a jovem foi detida por suspeitas de "fomentar brigas e causar problemas" após participar numa das manifestações em Hong Kong, informam as agências internacionais.

De acordo com os amigos de Huang Xueqin, uma ativista feminista e voz ativa do movimento #MeToo na China, a jovem foi presa na cidade de Guangzhou, na província de Guangdong, na quinta-feira.

A polícia alegou que a feminista seria detida por suspeitas de "fomentar brigas e causar problemas", uma acusação vaga e normalmente usada contra ativistas que são vistos como perigosos pelo Partido Comunista chinês.

Os amigos afirmam que a família de Huang foi assediada após a publicação de um artigo escrito pela jovem sobre a sua experiência numa manifestação em Hong Kong, uma cidade semiautónoma da China que tem sido palco de protestos antigovernamentais e confrontos violentos com a polícia nos últimos meses.

Em agosto, a polícia de Guangzhou confiscou o passaporte de Huang e outros documentos que lhe permitissem viajar, impedindo-a de frequentar um curso de pós-graduação na Universidade de Hong Kong.

Lusa