O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, garantiu esta quinta-feira aos aliados dos EUA na coligação contra o grupo extremista Daesh que Washington continuará a dirigir a luta contra aquela organização 'jihadista'.
Numa reunião em Washington dos ministros dos negócios estrangeiros da coligação internacional anti-Daesh, o chefe da diplomacia norte-americana apelou novamente aos Estados que "repatriem os milhares de combatentes terroristas estrangeiros atualmente detidos" na Síria e que os julguem "pelas atrocidades que cometeram".
Este apelo deve-se ao facto de alguns países, nomeadamente a França, se recusarem a acolher de volta os nacionais que partiram para a Síria para combater ao lado dos extremistas do Daesh.
A reunião de hoje da coligação internacional, comandada pelos EUA, foi convocada precisamente por Paris, após a crise provocada no início de outubro por uma nova ofensiva turca no nordeste da Síria.
Ao anunciar a retirada das forças norte-americanas do norte da Síria, o Presidente dos EUA deixou o caminho livre a essa operação turca, que visava as forças curdas na Síria, aliadas dos ocidentais na luta contra o grupo 'jihadista'.
Desde então, Donald Trump mudou de ideias várias vezes, acabando por anunciar a manutenção de uma "força residual" na Síria para proteger as instalações petrolíferas.
Mas o resto da sua administração tem tentado assegurar que a missão prioritária desses cerca de 600 soldados continua a ser a luta contra o Daesh.
"Todos vocês sabem que devemos continuar a combater o Daesh. Nós também. Os Estados Unidos vão continuar a dirigir a coligação, e o mundo, nesse esforço essencial à nossa segurança", afirmou Pompeo na abertura da reunião.
"Nós voltámos a destacar centenas das nossas tropas no nordeste da Síria, e mais amplamente na região, para garantir que o Daesh não renasça nunca das suas cinzas, e impedi-lo de retomar os campos petrolíferos", acrescentou.
"Não paremos agora. Vamos garantir que o Daesh não regressa nunca", disse.
Lusa