Uma jovem escocesa de 15 anos morreu com o mesmo cancro que matou o pai depois dos médicos desvalorizarem os seus sintomas, dizendo-lhe que o que estava a sentir era normal para alguém que estava de luto.
Alana Finlayson começou a apresentar sintomas em outubro de 2017, apenas três semanas depois da morte do pai, vítima de um glioblastoma, um tumor maligno no cérebro. Queixava-se de dores de cabeça e nas pernas, náuseas, perda de visão e de peso.
Os médicos acreditavam que as dores eram causadas pelo luto associado à perda do pai e, segundo a mãe da jovem, que falou com o Daily Mail, em fevereiro de 2018 um médico chegou a perguntar-lhe se as dores não seriam provocadas pela utilização de calças demasiado apertadas.
De acordo com a mãe, Linda, os profissionais de saúde que acompanhavam Alana recusaram a hipótese de cancro e chegaram mesmo a dizer à jovem que o que ela tinha “não era em nada semelhante ao que o pai teve”.
“Fomos dispensadas uma e outra vez. Alguns médicos eram tão arrogantes. Se eles tivessem acabado de ouvir o que estávamos a dizer, eu ainda podia ter a Alana comigo”, disse Linda.
Alana foi finalmente diagnosticada com glioblastoma em fevereiro de 2019, tendo sido submetida a cirurgia, mas os médicos não conseguiram remover a totalidade do tumor.
A família da jovem de 15 anos celebrou o seu aniversário em abril, sabendo que a jovem não chegaria a completar os 16 anos em agosto. Alana acabou por morrer um mês depois, em maio.