O evento terá tido origem num buraco negro “supermaciço” que se encontra a 390 milhões de anos-luz da Terra e que provocou uma "cratera" do tamanho de 15 Vias Lácteas no aglomerado de galáxias Ophiuchus.
As evidências foram publicadas pelos investigadores no The Astrophysical Journal depois da NASA ter detetado, em 2016, uma curva “incomum” no aglomerado de galáxias. Na altura, os astrónomos descartaram a possibilidade de uma explosão devido à quantidade de energia necessária para criar uma “mossa” daquela dimensão.
Foi preciso recorrer a dados de um novo telescópio na Austrália para confirmar que o responsável pela explosão tinha sido um buraco negro.
“De certa forma esta explosão é semelhante à erupção do vulcão Monte Santa Helena, em 1980, que arrancou o topo da montanha”, disse à BBC Simona Giacintucci, líder da investigação.
A quantidade de energia necessária para criar esta mossa no Ophiuchus foi cinco vezes superior à da explosão que anteriormente detinha o recorde da maior alguma vez registada no espaço, que aconteceu na galáxia MS 0735.6+7421.
Os cientistas acreditam que este evento terá acontecido há milhões de anos, uma vez que o buraco negro que o provocou não regista sinais de “atividade dramática” presentemente.