A Unicef, a partir de uma análise publicada na revista The Lancet, alertou para as consequências da Covid-19.
Diz que os efeitos da pandemia estão a prejudicar as crianças mais do que a própria doença e que há mais de 6,7 milhões de crianças com menos de 5 anos que correm o risco de ficar desnutridas.
Falta de rotinas médicas pode matar 1,2 milhões de crianças em 6 meses
A Unicef avisou, no dia 22 de julho, que a pandemia de coronavírus pode provocar a morte de 1,2 milhões de menores de 5 anos nos próximos seis meses, devido à cobertura reduzida dos serviços médicos de rotina e ao aumento da desnutrição.
A pandemia global também causou um atraso nas campanhas de vacinação e o Unicef estima que, pelo menos, 80 milhões de bebés com menos de um ano de idade correm o risco de contrair doenças como difteria, sarampo ou poliomielite, 23 milhões dos quais em África.
Num relatório elaborado pela Unicef Espanha e pela ISGlobal, as organizações sublinham que a Covid-19 põe em risco as metas alcançadas nas últimas três décadas na luta contra a mortalidade infantil na Espanha, razão pela qual, sublinham, a cooperação internacional deve ser uma prioridade.
As duas organizações concentraram-se em analisar a luta contra doenças evitáveis, nomeadamente a pneumonia, que é a principal causa de morte de crianças menores de 5 anos, mas que pode ser evitada com muita facilidade através da administração da vacina pneumocócica conjugada (PCV) e de um diagnóstico precoce da doença.