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Peritos em direitos humanos da ONU exigem inquérito às explosões de Beirute

Presidente libanês rejeitou a ideia de um inquérito internacional.

Peritos em direitos humanos da ONU exigem inquérito às explosões de Beirute
Thibault Camus

Peritos em direitos humanos da Organização das Nações Unidas reclamaram na quinta-feira um inquérito independente e rápido sobre a explosão que destruiu parte de Beirute e expressaram a sua inquietação perante a "impunidade" dos dirigentes políticos libaneses.

Este grupo de peritos também pediu que o Conselho dos Direitos Humanos da ONU, sediado em Genebra, Suíça, tenha uma reunião especial sobre o caso em setembro, um pedido pouco habitual.

Estes peritos da ONU são mandatados pela instituição, mas não se exprimem em seu nome.

O Presidente libanês, Michel Aoun, já rejeitou a ideia de um inquérito internacional sobre a explosão no porto de Beirute.

"Apoiamos os apelos à abertura de um inquérito rápido, imparcial, credível e independente fundado sobre os princípios dos direitos humanos, para examinar todas as exigências, receios e necessidades ligadas à explosão, bem como as lacunas subjacentes no respeito dos direitos humanos", declararam 38 peritos, em declaração conjunta.

O inquérito, acrescentaram, deveria poder explorar "todas as falhas sistemáticas da parte das autoridades e das instituições libanesas no domínio da proteção dos direitos humanos".

No seu texto, declararam ainda: "Estamos muito inquietos com o nível de irresponsabilidade e imunidade que prevalece perante esta catástrofe humana e ambiental de tal envergadura".

As explosões, no dia 4, mataram mais de 170 pessoas, deixaram mais de 6.000 feridos, destruíram grande parte da capital libanesa e precipitaram a demissão do Governo.

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