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Berlim não reconhece Lukashenko por falta de "legitimidade democrática"

O Presidente bielorrusso prestou juramento para um sexto mandato.

Berlim não reconhece Lukashenko por falta de "legitimidade democrática"
POOL New

A Alemanha "não reconhece", por falta de "legitimidade democrática", o Presidente bielorrusso Alexander Lukashenko, que esta quarta-feira prestou juramento para um sexto mandato numa sessão não anunciada, anunciou hoje o porta-voz do Governo alemão.

"Não foram preenchidas as exigências mínimas para eleições democráticas", denunciou em conferência de imprensa Steffen Seibert, acrescentando que as contestadas eleições presidenciais de 09 de agosto na Bielorrússia "não foram nem justas nem livres".

"Em consequência, o resultado deste voto não pode ser reconhecido", considerou Seibert, para quem Lukashenko "não pode invocar a legitimidade democrática, mesmo após a cerimónia" de investidura que hoje decorreu.

"É revelador o facto de esta cerimónia ter sido preparada em segredo e ter decorrido sem qualquer participação", frisou Seibert.

O Governo alemão apelou ainda, através do seu porta-voz, à "libertação de todos os presos políticos" e exortou as autoridades bielorrussas a prescindirem do uso da força contra os manifestantes.

Alexander Lukashenko, confrontado com um inédito movimento popular de contestação pós-eleitoral, prestou juramento hoje em segredo para um sexto mandato, antes de proclamar que a "revolução" pretendida pelos seus adversários fracassou.

Para os opositores e os media independentes, esta cerimónia, que deveria ocorrer legalmente antes de 09 de outubro, foi organizada em segredo para não servir de catalisador a uma nova grande manifestação das oposições.

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