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ONU critica indulto de Trump a assassinos de 14 civis no Iraque em 2017

Os agentes de segurança militar que assassinaram 14 civis tinham sido condenados a sentenças que variaram entre os 12 anos de cadeia e prisão perpétua.

ONU critica indulto de Trump a assassinos de 14 civis no Iraque em 2017
Cheriss May

O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos criticou esta quarta-feira o indulto concedido pelo Presidente cessante dos Estados Unidos, Donald Trump, a quatro agentes de segurança militar privada que assassinaram 14 civis no Iraque, em 2017.

"Perdoá-los alimenta a impunidade e tem o efeito de encorajar outros a cometer o mesmo tipo de crimes no futuro", lê-se num comunicado daquela agência da ONU, dirigida pela ex-Presidente chilena Michelle Bachelet.

Os quatro indivíduos tinham sido condenados a sentenças que variaram entre os 12 anos de cadeia e prisão perpétua por acusações que incluíam homicídio de primeiro grau.

O Governo iraquiano também criticou a iniciativa de Trump, considerando que compromete e contradiz os compromissos que Washington alega ter com a defesa dos direitos humanos.

Os quatro seguranças privados trabalham para a empresa Blackwater.

Um deles é Nicholas Slatten, que foi condenado a prisão perpétua pelo Departamento da Justiça dos Estados Unidos pelo envolvimento no homicídio de 17 civis iraquianos na Praça de Nisour, em Bagdad -- uma das maiores 'manchas' da presença norte-americana na guerra no Iraque.