Donald Trump foi esta quinta-feira informado de que terá de testemunhar, sob juramento, na próxima semana.
O ex-Presidente será ouvido por causa da invasão ao Capitólio, a 6 de janeiro, que deu origem ao processo de destituição.
A acusação refere que Donald Trump incitou uma multidão violenta a atacar o Capitólio e é acusado de "traição de proporções históricas". Alega também que o ex-Presidente colocou em risco a vida de todos os membros do Congresso.
O democrata Jamie Raskin, responsável pelo processo de destituição, pediu a Trump que prestasse declarações entre 8 e 11 de fevereiro. No entanto ainda não é certo que o antigo Presidente o fará.
"Se recusar, reservamo-nos a todos os direitos, incluindo o direito de estabelecer em julgamento que a recusa em testemunhar apoia uma forte inferência sobre as suas ações (e inação) a 6 de janeiro de 2021", escreveu Raskin, citado pela Reuters.
Trump já não está no poder, mas o desenlace do julgamento político poderá impedir uma futura candidadura.
Este é o segundo processo de destituição contra Donald Trump, que ultrapassou o primeiro no início de 2020 originado pela pressão que exerceu sobre a Ucrânia para uma investigação à alegada corrupção do atual Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Trump é o primeiro Presidente sujeito a dois processos políticos e neste segundo enfrenta a acusação de "incitação à insurreição" pelo ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro, por uma multidão de apoiantes.
Para condenar Trump, os democratas precisam do apoio de 17 senadores republicanos, sendo que poucos destes se mostraram publicamente favoráveis à destituição, apesar de se terem pronunciado criticamente em relação ao comportamento do ex-presidente antes e durante a invasão do Capitólio por apoiantes do ex-presidente, que consideravam fraudulenta a eleição de Biden.