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Donald Trump terá de testemunhar sob juramento na próxima semana

Processo de destituição começa a 8 de fevereiro.

Donald Trump terá de testemunhar sob juramento na próxima semana
Carlos Barria

Donald Trump foi esta quinta-feira informado de que terá de testemunhar, sob juramento, na próxima semana.

O ex-Presidente será ouvido por causa da invasão ao Capitólio, a 6 de janeiro, que deu origem ao processo de destituição.

A acusação refere que Donald Trump incitou uma multidão violenta a atacar o Capitólio e é acusado de "traição de proporções históricas". Alega também que o ex-Presidente colocou em risco a vida de todos os membros do Congresso.

O democrata Jamie Raskin, responsável pelo processo de destituição, pediu a Trump que prestasse declarações entre 8 e 11 de fevereiro. No entanto ainda não é certo que o antigo Presidente o fará.

"Se recusar, reservamo-nos a todos os direitos, incluindo o direito de estabelecer em julgamento que a recusa em testemunhar apoia uma forte inferência sobre as suas ações (e inação) a 6 de janeiro de 2021", escreveu Raskin, citado pela Reuters.

Trump já não está no poder, mas o desenlace do julgamento político poderá impedir uma futura candidadura.

Este é o segundo processo de destituição contra Donald Trump, que ultrapassou o primeiro no início de 2020 originado pela pressão que exerceu sobre a Ucrânia para uma investigação à alegada corrupção do atual Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

Trump é o primeiro Presidente sujeito a dois processos políticos e neste segundo enfrenta a acusação de "incitação à insurreição" pelo ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro, por uma multidão de apoiantes.

Para condenar Trump, os democratas precisam do apoio de 17 senadores republicanos, sendo que poucos destes se mostraram publicamente favoráveis à destituição, apesar de se terem pronunciado criticamente em relação ao comportamento do ex-presidente antes e durante a invasão do Capitólio por apoiantes do ex-presidente, que consideravam fraudulenta a eleição de Biden.