Os serviços russos de informações e segurança (FSB) anunciaram hoje a detenção de 19 pessoas alegadamente ligadas a um grupo radical islâmico acusadas de roubo de armas e explosivos e de prepararem atentados no Cáucaso.
Presumivelmente, as 19 pessoas pertencem ao grupo Takfir wal-Hijra, proibido na Rússia desde 2010, e foram detidas em Karatchaievo (Cáucaso do Norte), Rostov e na Península da Crimeia, território ucraniano anexado pela Rússia em 2014.
De acordo com o comunicado do FSB, na altura das detenções foi apreendido material bélico: uma metralhadora, uma espingarda automática, três quilogramas de TNT, além de textos e livros extremistas islâmicos.
O grupo Takfir wal-Hijra que foi criado nos anos 1970 no Egito, considera judeus, cristãos, politeístas e outros muçulmanos "infiéis" e tem como objetivo a criação de um "califado islâmico".
Os radicais detidos "faziam propaganda ideológica, recrutavam novos membros e preparavam atentados no Cáucaso do Norte", refere ainda o comunicado do FSB.
O Cáucaso russo foi atingido por conflitos armados desde os anos 1990, entre as forças russas e os separatistas da Chechénia que depois de 2015 estenderam as ligações a outras regiões da Federação Russa através de contactos com o grupo Estado Islâmico.