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Norte-americano morre após polícias usarem a técnica de imobilização aplicada em George Floyd

As causas da morte estão a ser investigadas.

Um norte-americano morreu alguns dias depois de um polícia se ter ajoelhado no seu pescoço, durante quase cinco minutos, para o deter, de acordo com uma denúncia feita pela família.

A morte aconteceu em dezembro de 2020, em Antioch, no estado norte-americano da Califórnia, e foi revelada na passada semana, quando a família apresentou uma queixa por morte por negligência.

Angelo Quinto "estava a sofrer de ansiedade, depressão e paranoia nos últimos meses", revelou o advogado da família, na queixa apresentada a 18 de fevereiro e esclarecida numa conferência de imprensa.

De acordo com a CNN, as autoridades foram chamadas no dia 23 de dezembro à casa da família, em Antioch, pela irmã de Angelo, Isabella Collins, que tinha medo que o homem de 30 anos fizesse alguma coisa à mãe.

Antes da polícia chegar, a mãe de Angelo, Maria Quinto-Collins, estava a agarra-lo, em forma de abraço, e "tinha conseguido começar a acalma-lo". Quando dois polícias chegaram, "não fizeram qualquer tentativa para perceber a situação e, em vez disso, agarraram imediatamente o Quinto dos braços da sua mãe", segundo a queixa.

Angelo perdeu a consciência e foi levado para o hospital local, onde acabou por morrer três dias depois.

Maria Quinto-Collins usou o telemóvel para gravar parte do incidente. "O que aconteceu?", ouve-se a mulher a perguntar, enquanto é possível ver Angelo deitado no chão, imobilizado. Os polícias viram-no, revelando a cara ensanguentada do homem. Angelo foi é depois movido para uma maca e os paramédicos tentam reanima-lo.

"Estes polícias já tinham algemado o Angelo, mas não pararam o seu ataque contra o homem e, inexplicavelmente, começaram a usar a "técnica George Floyd" de colocar os joelhos nas costas e ao lado do pescoço, ignorando os apelos do Sr. Quinto de 'por favor não me matem'", disse o advogado da família, na conferência de imprensa.

As causas da morte do norte-americano de 30 anos ainda não são conhecidas e, de acordo com a CNN, estão a ser investigadas pelo Ministério Público.