Milhares de pessoas voltaram a manifestar-se esta quinta-feira nas ruas das principais cidades de Myanmar, em mais um dia de protestos contra a junta militar que assumiu o poder no país.
Na quarta-feira pelo menos 38 pessoas morreram devido à repressão policial, vítimas de balas reais disparadas pela polícia. Foi o dia mais sangrento desde o golpe de estado no início de fevereiro, que já fez mais de 50 vítimas mortais.
O concelho de segurança das Nações Unidas agendou uma série de reuniões para esta sexta-feira, para tentar travar a escalada de violência em Myanmar. Mas uma decisão unanime, por parte dos membros da ONU, é muito pouco provável, dada a esperada oposição da Rússia e da China.
No entanto, Pequim fez saber, esta quinta-feira, que está disposto a ter um papel construtivo e ajudar a refrear a tensão que se vive na antiga Birmânia. O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês fez um apelo aos manifestantes e à junta militar para que travem a violência.
Mas a China não condenou o golpe militar que, nos órgãos de informação chineses, é descrito como uma simples remodelação governamental.