Mais de 100 mil migrantes irregulares foram travados na fronteira entre o México e os Estados Unidos, durante o mês de fevereiro. É o número mais alto desde 2012. O Partido Republicano acusa Joe Biden de ser o principal responsável pelo aumento da pressão migratória na fronteira sul.
As histórias dos migrantes que procuram entrar nos Estados Unidos, vindos da América Central, repete-se: muitos são empurrados para os longos e sinuosos caminhos que vão dar à fronteira pelo desamparo da pobreza, uma situação que foi agravada pela pandemia.
De acordo com o Departamento de Segurança dos Estados Unidos, o país enfrenta atualmente a maior vaga de migrantes irregulares das últimas duas décadas. Mais de 100 mil foram expulsos só no mês de fevereiro.
Perto de 10 mil eram menores não acompanhados. O novo Presidente prometeu acolhê-los e tratá-los com dignidade, depois das críticas à forma como a anterior Administração lidava com o problema.
A crise económica provocada pelas medidas de contenção da pandemia poderá explicar, em parte, os números. No entanto, o Partido Republicano afirma que esta vaga é da exclusiva responsabilidade de Joe Biden e da prometida reforma migratória. Esta reforma abriria a porta à legalização de mais de 10 milhões de migrantes em situação irregular nos Estados Unidos.
Por outro lado, a nova Administração responsabiliza a herança deixada por Donald Trump e promete encontrar uma solução. Para muitos, o sonho americano vai continuar a morrer no México.