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Família e oposição dizem que jornalista bielorrusso foi torturado e obrigado a confessar

Protasevich surgiu num vídeo em que garante estar bem e a colaborar com as autoridades.

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Os líderes europeus vão aumentar as sanções contra a Bielorrússia por causa da prisão do opositor Roman Protasevich e exigem a libertação imediata do jornalista.

Protasevich surgiu, entretanto, num vídeo em que garante estar bem e a colaborar com as autoridades.

O vídeo foi divulgado pela televisão pública bielorrussa com o intuito de negar os rumores de que o opositor estaria internado devido a problemas cardíacos.

Jornalista confessou crimes, família acredita que foi torturado

O jornalista de 26 anos, opositor do regime, assume os crimes de que é acusado pelas autoridades. A família e a oposição bielorrussa acreditam que o jornalista foi torturado e obrigado a confessar.

Opositor do Presidente Alexander Lukashenko, cuja reeleição não foi validada internacionalmente, o jornalista é acusado de promover manifestações ilegais e enfrenta uma pena de prisão de até 15 anos.

Estava exilado na Lituânia. Foi preso com a namorada, a bordo de um avião da Ryanair, que foi desviado e obrigado a aterrar em Minsk pelas autoridades bielorrussas, com o argumento de que havia uma bomba a bordo.

O que diz a comunidade internacional?

A generalidade da comunidade internacional condena a prisão. Os líderes europeus, reunidos em Bruxelas, falaram a uma só voz. Os 27 decidiram proibir as companhias aéreas da Bielorrússia de sobrevoar o espaço aéreo da União e de aterrar em aeroportos europeus.

Os líderes apelam também às companhias europeias para que evitem sobrevoar a Bielorrússia, apelo que já foi aceite por várias companhias aéreas.