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Líderes da UE concordaram em aumentar as sanções à Bielorrússia em resposta ao regime de Lukashenko

Os líderes europeus chegaram a um entendimento para alargar a lista de sancionados ligados ao regime de Lukatchenko.

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Os líderes europeus concordaram em aumentar as sanções à Bielorrússia. Em causa está o desvio forçado de um voo da Ryanair para Minsk (Bielorrússia) no domingo à tarde, a meio de uma viagem entre Atenas (Grécia) e Vílnius (Lituânia), que culminou com a detenção do jornalista e ativista bielorrusso Roman Protasevich.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, observou que "a opinião no Conselho Europeu foi unânime, [de que] este é um ataque à democracia".

"Trata-se de um ataque à liberdade de expressão e de um ataque à serenidade europeia. E este comportamento ultrajante precisa de uma resposta forte", salientou a líder do executivo comunitário.

O presidente do Conselho Europeu disse que a União Europeia (UE) "não tolera que tentem jogar à roleta russa com vida de civis", condenando o desvio do voo comercial para deter um opositor bielorrusso que seguia a bordo.

"Não toleramos que tentem jogar à roleta russa com a vida de civis inocentes, isso é inaceitável, e a reação de hoje reflete a gravidade dos acontecimentos", afirmou Charles Michel, em Bruxelas.

Falando em conferência de imprensa no final do primeiro dia do Conselho Europeu - depois de os chefes de Governo e de Estado da UE terem decidido avançar com proibições e sanções contra o regime bielorrusso -, o responsável deplorou a "situação absolutamente inaceitável e escandalosa" registada no domingo, com a aterragem forçada de voo da Ryanair em Minsk.

"Tratou-se de uma ameaça à segurança da aviação civil e à segurança internacional", adiantou Charles Michel, vincando ainda que a UE "não respeita" o regime do Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.

Os líderes europeus decidiram na segunda-feira, de forma unânime, "pedir ao Conselho para adotar as medidas necessárias para banir a entrada no espaço aéreo europeu de companhias aéreas da Bielorrússia e impedir o acesso dessas transportadoras aos aeroportos da UE", segundo as conclusões adotadas na ocasião. Decidiram, também, "pedir às companhias aéreas sediadas na UE para evitar sobrevoar a Bielorrússia" e ainda solicitar "ao Conselho para adotar novas sanções económicas específicas". Nessa tomada de posição, os 27 exigiram ainda uma "investigação urgente" por parte da Organização da Aviação Civil Internacional ao incidente, bem como a "libertação imediata" de Roman Protasevich e da sua namorada.

Charles Michel colocou este incidente na agenda da reunião visando a aplicação de pesadas sanções à Bielorrússia, além das já existentes (de, por exemplo, congelamento de bens) contra o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, e opressores do regime.

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