Do segundo dia da cimeira do G7, destaca-se o apoio dos sete países mais ricos do mundo ao grande plano americano para travar a China.
Em 2013, a China apresentou em público o projeto Nova Rota da Seda. A ideia era estabelecer rotas comerciais entre a China, a Ásia Central, a Europa e a África. Um plano multimilionário que envolve mais de 130 países e que visa desenvolver infraestruturas em mais de 60 países.
Agora, Joe Biden fala de um plano democrático alternativo ao chinês. Vai envolver a angariação de fundos públicos e privados de modo a investir, até 2035, 40 mil milhões de dólares em países em desenvolvimento na América Latina, Caraíbas, África e Indo-Pacífico.
Serão projetos em quatro áreas: clima, segurança sanitária, tecnologia digital e igualdade de género. A pressão norte-americana junto dos sete países mais ricos do mundo visa ainda ações concretas contra o "trabalho forçado" na província de Xinjiang, no noroeste da China que o país sempre negou existir.
O G7 aceitou participar nos planos norte-americanos, mas países como a Itália pediram a Biden para garantir que a China continua a cooperar em temas tão importantes como o da crise climática. Sem crises na relação quiseram mostrar-se Macron e Biden.
Para além das boas intenções, os governantes dos sete países mais desenvolvidos do mundo e os líderes da União Europeia acordaram uma doação conjunta aos países mais desfavorecidos de cerca de mil milhões de doses de vacinas contra a covid-19.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, lembra que o mundo está em guerra com um vírus e, por isso, pede ação com o sentido de urgência e as prioridades próprias de uma economia de guerra.
A cimeira, que termina domingo, elegeu também como prioritário o tema das alterações climáticas. Motivo, nos últimos anos, para manifestações e este G7 não é diferente. Milhares tentam fazer ouvir os protestos quer na Baía de Cabris.