Nove líderes independetistas da Catalunha saíram da prisão depois dos indultos concedidos pelo Governo espanhol. Pedro Sánchez defendeu a medida no Parlamento, onde foi atacado pelos conservadores do PP, que pediram a demissão do primeiro-ministro espanhol.
Na manhã desta quarta-feira, à saída dos estabelecimentos prisionais onde cumpriam pena, em Barcelona e Girona, os nove líderes independetistas foram recebidos com emoção por dezenas de apoiantes. Os políticos e ativistas prometeram continuar a lutar pela independência da Catalunha.
Os independentistas foram condenados em 2019 com penas dos 9 aos 13 anos por sedição e desvio de fundos, na sequência de um referendo separatista não autorizado que levou a uma declaração de independência à revelia do tribunal constitucional. Seguiu-se a pior crise política no país das últimas décadas.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, justificou os indultos, aprovados pelo Conselho de Ministros espanhol, com a necessidade de suavizar a discórdia.
O indulto, ao contrário de uma amnistia, deixa de fora os que não enfrentaram a justiça e optaram pelo autoexílio, como é o caso do ex-presidente da Generalitat, Carles Puigdemont. Os separatistas catalães pedem agora uma amnistia para as três mil pessoas com casos legais pendentes, relacionados com o referendo separatista ilegal.