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Bombeiros tentam impedir que maior incêndio florestal dos EUA atinja cidade no norte da Califórnia

Cerca de 18 mil pessoas poderão ter de ser retiradas das suas casas.

Bombeiros tentam impedir que maior incêndio florestal dos EUA atinja cidade no norte da Califórnia
JOHN G. MABANGLO

O vento continua a dificultar o trabalho dos bombeiros para impedir que o maior incêndio florestal dos Estados Unidos atinja uma cidade a norte da Califórnia que poderá ter de ser evacuada.

O incêndio 'Dixie' foi empurrado pelo vento até cerca de 12,8 quilómetros de Susanville, com cerca de 18 mil habitantes, onde vários meios e operacionais foram posicionados e os residentes colocados em prevenção para serem retirados das suas casas, revelou na terça-feira o responsável de operações, Mark Brunton.

"Não estão livres de perigo e as próximas 24 horas são cruciais para observar o comportamento do fogo", explicou, citado pela agência AP.

Este é o maior incêndio florestal dos cerca de cem que estão ativos em mais de uma dúzia de Estados ocidentais norte-americanos, alimentados pelas secas históricas e semanas de altas temperaturas e clima seco que deixaram árvores e arbustos altamente inflamáveis.

Por outro lado, a sudoeste da Califórnia, um incêndio de menor dimensão, o 'Caldor Fire', atravessou a localidade de Grizzly Flats, com cerca de 1.200 habitantes.

Foram poucas as casas que se mantiveram intactas em Grizzly Flats, algumas reduzidas a cinzas e metal retorcido. As ruas ficaram cheias de cabos de energia e postes caídos. Um posto de correios e uma escola primária também foram destruídos.

A leste, incêndios pontuais surgiram nas proximidades da pequena comunidade de Janesville, que já tinha sido evacuada e onde algumas estruturas foram consumidas pelas chamas, segundo mostraram imagens captadas pela AP.

Os bombeiros conseguiram, no entanto, controlar o fogo em quase toda a cidade, acrescentou Brunton.

O Dixie Fire já queimou mais de 2.434 quilómetros quadrados no norte de Sierra Nevada e no sul de Cascades.

Desde que teve início em 13 de julho, já se fundiu com um incêndio de menores dimensões e está com menos de um terço dominado.

As investigações sobre a origem continuam, mas a empresa de fornecimento de energia PG&E já notificou os reguladores de serviços públicos que os incêndios podem ter sido causados por árvores que caíram nas suas linhas de energia.

O fogo começou perto da cidade de Paradise, devastada por um incêndio florestal em 2018 que teve início em equipamentos da PG&E e que causou a morte a 85 pessoas.

Até ao momento, a contabilização dos danos aponta para mais de 1.100 infraestruturas destruídas, incluindo 630 casas.

Mais de 16 mil estruturas continuam a estar ameaçadas e várias ordens de evacuação estão em vigor.