O Papa Francisco está na Eslováquia para uma visita oficial de três dias, depois de ter passado algumas horas na Hungria, este domingo. Francisco voltou a apelar a uma Europa livre de ideologias. É a primeira viagem, depois de ter sido operado ao cólon, em julho.
Depois dos discursos na Hungria, também a agenda da visita à Eslováquia deixa bem clara a mensagem que o Papa quer deixar nesta viagem.
Muito para além dos momentos oficiais, com chefes de estado e de governo, Francisco insiste na necessidade de uma Europa livre de ideologias e de egoísmos.
Tal como aconteceu este domingo na Hungria, também na Eslováquia, o Papa vai encontrar-se com os líderes da comunidade judaica e vai prestar homenagem aos milhares de judeus que morreram às mãos do regime nazi, sobretudo nos anos em que o país foi governado por um padre católico, que se tornou presidente em 1939, e que mandou deportar mais de 75 mil judeus para campos de concentração. O padre, Josef Tiso, acabou por ser deposto e condenado à morte em 1947.
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A Eslováquia, com pouco mais de 5 milhões e meio de habitantes, na sua maioria católicos, é governada por uma coligação de centro direita, mas tem, no Parlamento, vários deputados de um dos mais radicais partidos de extrema direita da Europa. O Partido do Povo que defende abertamente o legado nazi e quer a saída do país da União Europeia e da NATO.
O programa da viagem de Francisco, para esta segunda-feira, incluiu uma visita a um dos maiores e mais pobres bairros da Europa Central, na periferia da capital eslovaca.
Esta é a primeira viagem do sumo pontífice depois de ter sido operado ao cólon, em julho.