Os testes decorreram durante o fim-de-semana e, segundo a Agência de Notícias Norte-Coreana, os mísseis sobrevoaram o espaço aéreo do país e atingiram alvos no mar a 1.500 quilómetros de distância, uma distância suficiente para atingir, por exemplo, grande parte do Japão.
"Trata-se de uma ameaça para a paz e a segurança do Japão e das regiões próximas. Estamos bastante preocupados relativamente a este assunto", refere o Chefe de Gabinete da Secretaria de Estado do Japão, Katsunobu Kato.
Diversas resoluções da ONU proíbem a Coreia do Norte de continuar os programas de armamento nuclear e de mísseis balísticos e, por isso, Pyongyang tem apostado na evolução de mísseis de cruzeiro.
De acordo com especialistas, o mais recente missil poderá ter capacidade para transportar uma ogiva nuclear.
Em comunicado, os Estados Unidos dizem que o novo míssil de cruzeiro representa uma ameaça para os países vizinhos e para a comunidade internacional e garantem estar atentos para proteger a Coreia do Sul e o Japão.
O desenvolvimento do sistema de mísseis é uma estratégia importante para a Coreia do Norte, que tem também reforçado a capacidade militar.
A 9 de setembro, a Coreia do Norte celebrou o Dia Nacional com o habitual desfile e, no discurso, um membro do comité central do Partido dos Trabalhadores garantiu que o país vai investir no exército até "transformar todo o país numa fortaleza".