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António Guterres apela ao diálogo entre os Estados Unidos e a China

O secretário-geral da ONU alertou para os perigos da falta de união.

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António Guterres abriu, ao início da tarde desta terça-feira, a Assembleia-Geral das Nações Unidas com um apelo ao diálogo entre os Estados Unidos e a China, lançando alertas sobre as consequências da falta de união e pedindo cooperação e entendimento.

“Estamos a assistir a uma explosão de tomadas de poder pela força. Os golpes militares estão de volta e a falta de união no seio da comunidade internacional não ajuda”, afirma, apontando que as divisões geopolíticas comprometem a cooperação internacional e limitam a capacidade do Conselho de Segurança de “tomar as decisões necessárias”.

“Será impossível enfrentar grandes desafios económicos e de desenvolvimento enquanto as duas maiores economias mundiais estão em desacordo.”

Por isso, Guterres pede cooperação, diálogo e entendimento e um investimento na prevenção, na manutenção e consolidação da paz.

“Precisamos de progressos no desarmamento nuclear e nos nossos esforços partilhados para combater o terrorismo. Precisamos de ações, ancoradas no respeito pelos direitos humanos e precisamos de um novo programa abrangente para a paz”.

76.ª Assembleia Geral da ONU

A 76.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas começou esta terça-feira em Nova Iorque, com a tradicional apresentação do relatório sobre as atividades da organização apresentado pelo secretário-geral da ONU, António Guterres.

É subordinada ao tema "Construir Resiliência Através da Esperança - Recuperar da Covid-19, Reconstruir a Sustentabilidade, Responder às Necessidades do Planeta, Respeitar os Direitos das Pessoas e Revitalizar as Nações Unidas".

Entre as matérias em cima da mesa, que aguardam entendimentos, estão as alterações climáticas, as migrações, a segurança à escala global e o combate ao terrorismo, sobre as quais deverão incidir a maioria das intervenções.

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