É já no próximo domingo que os alemães vão às urnas para escolher o sucessor de Angela Merkel. Na corrida a um lugar no Bundestag, o Parlamento alemão, estão centenas de imigrantes e filhos de imigrantes.
Joe Chialo está nas ruas de Berlim na reta final para as eleições de domingo. Aos 51 anos, este empresário do mundo da música, nascido em Bona e filho de diplomatas da Tanzânia, concorre a um lugar no Parlamento alemão.
Na juventude passada em colégios internos alemães não escapou a comentários discriminatórios.
Chialo concorre pela CDU de Angela Merkel e do candidato a sucessor Ármin Laschét. Mas sondagens mostram que os democratas cristãos estão em queda e podem ficar abaixo do SPD de Olaf Schólz.
É pelos socialistas que concorre Ana-Maria Trasnea. Aos 27 anos é mais um exemplo dos muitos candidatos imigrantes ou filhos de imigrantes. Veio da Roménia com 13 anos. A mãe estava convencida que na Alemanha teria um futuro melhor. Os primeiros anos foram difíceis e também ela sentiu na pele a discriminação.
O avô de Hakan Demir chegou da Turquia há 51 anos. O neto, de 31, quer ser deputado por um dos bairros mais multiculturais da Alemanha.
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A Alemanha tornou-se um país de imigração. Mas só quem tem a cidadania alemã pode votar. Atualmente haverá mais de sete milhões de imigrantes que podem fazê-lo, mas muitos abstêm-se
A deputada e novamente candidata pelos Verdes, que é de origem curda, acredita que em 10 anos já não será assim. O número de imigrantes ou filhos de imigrantes que concorrem ao Bundestag aumentou desde 2005, mas os que conseguem um lugar estão ainda aquém de representar a percentagem de população imigrante.