Mundo

EUA condenam o mais recente lançamento de mísseis da Coreia do Norte

O embaixador norte-coreano nas Nações Unidas, Kim Song, disse que o país tem o "direito legítimo" para testar armas e "fortalecer capacidades de defesa".

Coreia do Norte disparou um míssil de curto alcance em direção ao mar, segundo os países vizinhos.
Coreia do Norte disparou um míssil de curto alcance em direção ao mar, segundo os países vizinhos.
Lee Jin-man

O Departamento de Estado norte-americano condenou esta terça-feira o mais recente lançamento de mísseis da Coreia do Norte, apelando a Pyongyang para que encetasse diálogo.

"Os Estados Unidos condenam o lançamento do míssil", disse o Departamento de Estado numa declaração.

"O lançamento é uma violação de múltiplas resoluções do Conselho de Segurança da ONU e representa uma ameaça para os vizinhos da Coreia do Norte e para a comunidade internacional", afirmou, apelando a Pyongyang a "dialogar".

O embaixador norte-coreano nas Nações Unidas, Kim Song, disse que o país tem o "direito legítimo" para testar armas e "fortalecer capacidades de defesa".

"Ninguém pode negar o nosso direito à autodefesa", insistiu o diplomata, pedindo aos Estados Unidos que cessem a "política hostil" contra a Coreia do Norte.

Este é o terceiro míssil lançado pelo regime de Pyongyang em setembro. O primeiro envolveu um míssil de cruzeiro de longo alcance e o segundo um míssil balístico de curto alcance.

Japão intensifica vigilância sobre a Coreia do Norte

O Japão está a intensificar a vigilância sobre a Coreia do Norte, disse esta terça-feira o primeiro-ministro nipónico, horas após o lançamento de um míssil de curto alcance para o mar do Japão.

Os militares sul-coreanos confirmaram o lançamento às 06:40 (21:40 de segunda-feira em Lisboa) de um míssil de curto alcance disparado da província interior de Chagang.

"Estamos a intensificar a nossa vigilância e a analisar a situação", disse o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga.

O lançamento do "projétil não identificado" ocorre poucos depois de Kim Yo-jong, a influente irmão do líder norte-coreano, Kim Jong-un, sugerir a possibilidade de uma cimeira entre as duas Coreias, exigindo à Coreia do Sul que abandone a sua "política hostil".

Os comentários serviram como resposta aos recentes apelos do Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, para declarar o fim oficial do conflito intercoreano de 1950-53, que terminou em tréguas, mas não com um tratado de paz, deixando ambos os lados tecnicamente em guerra durante mais de 70 anos.