Mais de um milhão de tartarugas bebés foram libertadas no Amazonas, numa zona onde o rio faz de fronteira entre o Brasil e a Bolívia. As crias foram ajudadas a chegarem até água e, assim, garantirem o futuro da espécie, ameaçada pelas alterações climáticas e a atividade humana.
É assim há mais de uma década: na altura da desova, dezenas de peritos e voluntários juntam-se nas margens do rio Amazonas, para ajudarem as tartarugas bebés a chegarem ao rio sãs e salvas.
É um trabalho conjunto entre várias instituições e associações de defesa do ambiente, bolivianas e brasileiras.
Este ano, os especialistas esperam que as fêmeas consigam chocar mais de 10 milhões de ovos.
Graças aos esforços de todos, 1 milhão de tartarugas bebés já estão a salvo.
A espécie está em risco e tem vindo a desaparecer a um ritmo alarmante.
As alterações climáticas, mas também o aumento da atividade humana, estão a diminuir o número de animais todos os anos.
A caça continua a aumentar, à medida que cresce, também, o número de pessoas que vivem na região.
Os biólogos têm de agir rapidamente e salvar os ninhos, antes que os caçadores os apanhem e antes que se inundem, porque o nível das águas do rio continua a subir.
A construção de várias barragens ao longo do Amazonas, do lado brasileiro, só veio piorar a situação.