A tensão na fronteira da Ucrânia continua a escalar. O Embaixador russo acusa os países do ocidente e os Estados Unidos de histerismo. Enquanto isso, a Rússia continua a deslocar tropas para a fronteira. Germano Almeida, comentador SIC, analisa os avanços dos dois lados do desentendimento.
“As forças russas, além de mobilizarem tropas e apoio médico, estão a mobilizar reservas de sangue para a fronteira da Ucrânia. Isso pode sinalizar que estão à espera de combate real nos próximos dias”, alerta.
Germano Almeida acredita que antes do conflito armado “haverá pelo menos uma oportunidade para uma última ronda negocial”.
“A administração Biden faz essa última tentativa, apela ao lado racional de Putin. A troca de propostas entre Washington e Moscovo apenas fixou as posições previamente sustentadas por americanos e russos”, diz o comentado, acrescentando que Blinken e Lavrov, os chefes da diplomacia norte-americana e russa, falaram ao telefone.
Blinken destacou que os Estados Unidos pretendem “continuar um intercambio substantivo com a Rússia sobre preocupações de segurança mútua e reiteraram o compromisso de que a soberania e integridade territorial da Ucrânia, bem como o direito de todos os países de determinar o sua própria política externa, não pode estar em causa”.
“Ora o problema é esse, a Rússia tem outro entendimento. E no entendimento da Rússia a agressão é precisamente essa: é a insinuação do espaço NATO de poder alargar o seu espaço à Ucrânia“, sublinha Germano Almeida.
O comentador SIC lembra que Putin vai encontrar-se com Xi Jinping, presidente da China, o que mostra aos países da NATO que “a Rússia não está assim tão isolada como do nosso lado parece“.
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