Mundo

Ucrânia: Rússia responde a acusações “absurdas” dos EUA

EUA acusaram Rússia de preparar vídeo falso para justificar invasão à Ucrânia.

Ucrânia: Rússia responde a acusações “absurdas” dos EUA

A Rússia qualificou esta sexta-feira como “absurdas” as declarações das autoridades norte-americanas sobre a alegada preparação de um vídeo falso para servir de pretexto para um ataque russo contra a vizinha Ucrânia.

“O caráter absurdo dessas reflexões, que aumentam a cada dia que passa, é evidente para qualquer analista com algum conhecimento”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, em entrevista ao canal Ren TV.

O porta-voz do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, John Kirby, disse na quinta-feira que a Rússia “poderia estar a produzir um vídeo de propaganda gráfica, com cadáveres e atores fingindo ser pessoas de luto” para justificar um ataque à Ucrânia.

A suspeita de que tal plano estaria a ser preparado resulta de dados recolhidos pelos serviços de informações norte-americanos, que foram partilhados com as autoridades ucranianas e os aliados europeus nos últimos dias.

Em dezembro, a Casa Branca já tinha acusado a Rússia de poder desenvolver uma operação de ‘bandeira falsa’ de forma a ter um pretexto para uma invasão.

O Reino Unido apontou recentemente ucranianos específicos acusados de terem ligações com os serviços de informações russos e que planeiam derrubar o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

Também recentemente os Estados Unidos divulgaram um mapa com posições militares russas e detalharam como as autoridades acreditam que Moscovo tentará invadir a Ucrânia com até 175.000 militares.

A Casa Branca teme que o vídeo, caso seja divulgado, possa dar a Vladimir Putin o ‘empurrão’ de que acreditam estar à procura para colocar em ação uma invasão com justificação.

NATO alerta que Rússia continua a acumular militares na Bielorrússia 

A NATO alertou na quinta-feira que Moscovo continua a acumular militares e equipamento na Bielorrússia, atingindo o número mais alto dos últimos 30 anos.

A Rússia é considerada, apesar de o negar, a instigadora da guerra separatista que eclodiu no leste da Ucrânia em 2014, após a anexação russa da península da Crimeia como retaliação a uma revolução pró-ocidental no país vizinho.

Atualmente a Rússia também está a ser acusada pelo Ocidente de preparar uma invasão da Ucrânia, o que Moscovo também nega, alegando, pelo contrário, que está sob ameaça da NATO, já que esta aliança militar se expandiu, nos últimos 30 anos, até às suas fronteiras.

O Kremlin considera que a redução das tensões sobre a Ucrânia exige a retirada da presença NATO na Europa de Leste.