Mundo

Bolsonaro diz que não aconselhou Putin sobre a situação na Ucrânia

“Não dou conselho a ninguém e a própria natureza do Brasil é a de um país pacifista”, afirma o Presidente brasileiro.

Bolsonaro diz que não aconselhou Putin sobre a situação na Ucrânia

O Presidente brasileiro Bolsonaro encontrou-se com Vladimir Putin em Moscovo, mas não foi abordada a tensão entre a Rússia e a Ucrânia. No final do encontro foi avançado que os dois países vão colaborar no desenvolvimento de tecnologia nuclear e de defesa.

O Presidente Jair Bolsonaro afirmou esta quarta-feira que não aconselhou o seu homólogo russo, Vladimir Putin, sobre as tensões que envolvem a Rússia e a Ucrânia, mas salientou que o Brasil é um país pacifista.

“Não dou conselho a ninguém e a própria natureza do Brasil é a de um país pacifista. No mundo, vários países têm seus problemas regionais e aqui há um problema. Somos solidários, independente do país, [esperamos] que o caminho, que a solução dessas questões seja pacífica”, disse Bolsonaro durante a sua visita ao parlamento russo.

O chefe de Estado brasileiro admitiu que a sua visita à Rússia, durante as atuais tensões que aquele país mantém na fronteira com a Ucrânia, gerou algum desconforto em outras nações.

“O Brasil é um país soberano, mas tivemos a informação de que alguns países queriam que a reunião não acontecesse e que algo poderia acontecer com a nossa presença aqui, mas pela leitura que tenho de Vladimir Putin, ele é uma pessoa que também busca a paz”, afirmou Bolsonaro.

Para o Presidente brasileiro, “qualquer tipo de conflito não interessa a ninguém no mundo” e “tudo indica que o caminho para uma solução pacífica está presente neste momento”.

“Tínhamos nossas agendas e, por coincidência ou não, parte das tropas [russas] deixaram a fronteira com a Ucrânia (…) Nossa missão aqui é comércio e paz”, acrescentou Bolsonaro.

Mais cedo, em declaração conjunta à imprensa no Kremlin, Putin e Bolsonaro defenderam a formação de um mundo multipolar, sob os princípios multilaterais das Nações Unidas e do direito internacional, e manifestaram solidariedade aos países comprometidos com a paz, embora nenhum tenha abordado as tensões na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia.

Com LUSA

SAIBA MAIS