Ricardo Costa lembra que, há cinco anos, Macron era um político “completamente novo” a vários níveis.
“É o chefe de Estado mais novo desde Napoleão. Chegou à Presidência da República com 39 anos e era novo no sentido que era um centrista liberal”, diz.
Em direto de Paris, onde está a acompanhar as eleições francesas, explica que o responsável enfrentou uma “série de problemas complicados”, como os protestos dos coletes amarelos, a pandemia e a guerra na Ucrânia.
“O problema é que, ao mesmo tempo que foi tendo algumas vitórias – como a questão diplomática, que emergiu como o principal líder político da Europa -, esse aparente sucesso coloca-o cada vez mais distante dos problemas dos franceses”.
Eleições
Em França, este sábado é dia de reflexão eleitoral.
Este domingo, realizam-se as eleições presidenciais entre os 12 candidatos que concorrem, este ano, ao cargo político máximo no Palácio do Eliseu.
A menos de 24 horas da votação, as sondagens indicam que há ainda um quarto dos eleitores indecisos e é esperada uma abstenção recorde entre os quase 49 milhões de eleitores.
As últimas consultas indicam a repetição de 2017 e de novo uma segunda volta entre o atual presidente Emmanuel Macron e a candidata da extrema-direita Marine Le Pen.
A segunda volta está marcada para 24 de abril.
Saiba mais:
- Eleições presidenciais em França: Macron diz que a extrema-direita “joga com o medo”
- Presidenciais em França: sondagens dão Macron e Le Pen em empate técnico
- Presidenciais em França: quem são os 12 candidatos na corrida ao Eliseu
- Sondagens apontam para segunda volta em França entre Emmanuel Macron e Marine Le Pen
- Eleições presidenciais em França: Macron e Marine Le Pen favoritos a chegarem a uma segunda volta, dizem sondagens