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O dia que ficou para a história: o desastre nuclear de Chernobyl assinala 36 anos

Mais de 8,5 milhões de pessoas foram expostas à radiação.

O dia que ficou para a história: o desastre nuclear de Chernobyl assinala 36 anos

Esta terça-feira marca os 36 anos do desastre nuclear de Chernobyl, na Ucrânia. Trata-se do maior acidente do género, que obrigou à retirada de 400 mil pessoas. Numa época marcada pela Guerra Fria, os números de vítimas mortais anunciados pela URSS eram drasticamente inferiores aos relatados pela ONU. Ao longo dos anos, a radiação foi responsável por dezenas de milhares de vítimas mortais.

Mais de 8,5 milhões de pessoas ficaram expostas a níveis elevados de radiação, após o maior desastre nuclear da história, tanto em termos de custo quanto em baixas.

A explosão do reator 4, na madrugada de 25 para 26 de fevereiro de 1986 criou uma nuvem de vapor destrutiva, que se estendeu por um raio de centenas de quilómetros em redor da central.

A central nuclear de Chernobyl situa-se perto de Pripyat, que se tornou numa cidade fantasma.

Na altura, as autoridades não reconheceram a gravidade da situação, nem as consequências do desastre.

Em 1991 houve um novo incêndio, menos grave, no reator 2 e teve de ser fechado. A Ucrânia deixou de estar sob alçada da URSS e assumiu o controlo da central nuclear, tendo, em 2000, encerrado de vez o complexo.

INVASÃO RUSSA COM AMEAÇA NUCLEAR

Num dos locais mais radioativos do mundo, soldados russos cavaram trincheiras, cortaram eletricidade e impediram o controlo da radiação em Chernobyl, onde ocorreu o pior desastre nuclear civil do planeta.

A central foi ocupada pelo exército da Rússia no primeiro dia da invasão da Ucrânia, a 24 de fevereiro, tendo o local sido abandonado no final de março.

As autoridades ucranianas não podem monitorizar os níveis de radiação em toda a zona porque os soldados russos levaram o servidor principal do sistema e a ligação foi cortada a 2 de março.

A peça é da autoria da jornalista Teresa Canto Noronha.

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