O coração de D. Pedro IV poderá atravessar o Atlântico para as comemorações do bicentenário da independência do Brasil. Enquanto decorrem as conversações entre a embaixada brasileira e a Câmara do Porto, a Irmandade da Lapa recebeu a visita do autointitulado Príncipe Imperial do Brasil.
D. Bertrand de Orleans e Bragança – tetraneto de D. Pedro IV – visitou o mausoléu onde se encontra o coração do primeiro imperador, doado ao Porto pelo apoio da cidade na luta dos liberais contra os absolutistas liderados por D. Miguel.
Depositado na Igreja portuense da Lapa, o coração de D. Pedro IV poderá agora atravessar o oceano. A concretizar-se, será a primeira vez que o órgão viaja até junto do corpo do primeiro imperador do Brasil, sepultado em São Paulo.
Uma relíquia de valor histórico e emocional que apenas é retirado para exibição ou para verificação do seu estado. Assim, Portugal e o Brasil continuam, 200 anos depois, unidos pelo coração de um rei que marcou de forma indelével a história dos dois países.
