O chefe da polícia da zona da escola de Uvalde, no Texas, defendeu a resposta da polícia no massacre que matou 19 crianças e duas professoras.
Pete Arredondo terá sido o responsável pela decisão de não confrontar, de imediato, o atirador. No entanto, disse que nunca se considerou o comandante da operação.
A polícia terá demorado pelo menos 40 minutos até entrar na sala de aula onde aconteceu o massacre.
O chefe da polícia contou que tentou abrir a porta com dezenas de chaves, mas que nenhuma funcionou e que usou o telemóvel para pedir ajuda para entrar na sala de aula.
O debate sobre a posse de armas voltou a estar na ordem do dia nos Estados Unidos depois do massacre no dia 24 de maio numa escola de Uvalde, no estado do Texas, em que um jovem de 18 anos matou 19 crianças e dois professores com armas de fogo.
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou um projeto-lei de controlo de armas na quarta-feira, em resposta aos recentes tiroteios em Buffalo e Uvalde, que aumenta a idade mínima para comprar uma espingarda semiautomática.
A proposta dos democratas dificilmente será aprovada no Senado, onde os republicanos preferem melhorar os programas de saúde mental, reforçar a segurança das escolas e a verificação de antecedentes.
A tomada de posição surge depois de uma comissão da Câmara dos Representantes ter ouvido depoimentos de vítimas de tiroteios recentes e familiares, incluindo uma menina de 11 anos – Miah Cerrillo – que se cobriu com o sangue de um colega morto para evitar ser baleada na escola primária de Uvalde.
O ciclo aparentemente interminável de tiroteios em massa nos Estados Unidos raramente fez com que o Congresso agisse, mas o ataque que provocou a morte de 19 crianças e duas professoras em Uvalde reacendeu os esforços de uma forma que fez os congressistas de ambos os partidos discutirem sobre como resolver a situação.
“É revoltante, é revoltante que os nossos filhos sejam forçados a viver com esse medo constante”, disse a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi.
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