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Geórgia: milhares saem à rua em “resistência não violenta” por fracasso na candidatura à UE

Elementos da oposição pedem a demissão do Governo.

Geórgia: milhares saem à rua em “resistência não violenta” por fracasso na candidatura à UE

Milhares de cidadãos e membros da oposição manifestaram-se este domingo na capital da Geórgia, Tbilisi, onde anunciaram uma “resistência não violenta” com vista à demissão do Governo, após o país ter falhado o estatuto de candidato à UE.

A manifestação deste domingo, que se fez com bandeiras da União Europeia (UE) e da Geórgia, é a terceira a acontecer nas últimas duas semanas naquele país do Cáucaso, sendo organizada por ativistas com o apoio de partidos da oposição.

Um dos membros da ação de protesto Shota Digmelashvili anunciou uma “resistência não violenta” a partir da noite deste domingo, por a oposição considerar que “as autoridades georgianas já não são legítimas”.

“Deve ser criado um Governo de acordo nacional, que inclua não os políticos, mas os tecnocratas para cumprir com as 12 recomendações que a UE propôs à Geórgia e que deve executar até ao final do ano”, afirmou Shota Digmelashvili, da organização juvenil “Sirtskhvilia!”.

Na sexta-feira, o partido que governa o país, Sonho Georgiano — Geórgia Democrática, garantiu que em seis meses irá gradualmente cumprir com todos os requisitos apontados pela UE, que estão relacionados com o reforço da democratização e o fortalecimento da separação de poderes.

No entanto, a oposição não acredita nas intenções do partido no poder.

“Apenas um Governo de acordo nacional vale a pena”, afirmou a deputada da oposição Salomé Samadashvili, presente na manifestação deste domingo.

A organização da ação de protesto afirmou que iriam permanecer no centro da capital durante toda a noite.

Tbilissi apresentou a candidatura à UE juntamente com a Ucrânia e a Moldova, após a Rússia lançar a ofensiva contra o vizinho ucraniano.

A 24 de junho, os dirigentes europeus decidiram conceder o estatuto de candidato oficial a Kiev e a Chisinau e disseram-se “prontos para conceder o estatuto de candidato” a Tbilisi, uma vez feitas as reformas necessárias.