O Presidente da Itália, Sergio Mattarella, dissolveu o Parlamento, abrindo caminho a eleições antecipadas.
"A situação política levou a esta decisão", disse o Presidente numa intervenção transmitida na televisão, após ter formalizado a dissolução.
Mattarella deu assim por concluída a atual legislatura, que deveria terminar em março de 2023, depois de Draghi ter apresentado a sua demissão (duas vezes num espaço de uma semana) após ter perdido o apoio de alguns partidos que integravam a atual coligação governamental.
As eleições devem ser realizadas num prazo de 70 dias após a dissolução do parlamento, o que significa que o escrutínio poderá ser agendado para 18 ou 25 de setembro.
A data proposta pelo demissionário primeiro-ministro e a sua ministra do Interior, Luciana Lamorgese, esta tarde em reunião do Conselho de Ministros, e comunicada ao Presidente, Sergio Mattarella, foi a de 25 de setembro, de acordo com a agência italiana ANSA. Cabe agora ao chefe de Estado emitir um segundo decreto com a convocatória.
Entretanto, Mattarella pediu aos dirigentes políticos que pensem no país, na fase que se segue. "Espero que, na intensa e por vezes aguda dialética da campanha eleitoral, todos deem uma contribuição construtiva no melhor interesse da Itália", pediu o Presidente, para o período de campanha eleitoral.
Esta decisão, saliente-se, surge depois da demissão do primeiro-ministro Mario Draghi, após ter perdido o apoio de três partidos que apoiavam a sua coligação: o Movimento Cinco Estrelas (M5S), de Giuseppe Conte, a Liga, de Matteo Salvini e o Forçaa Itália, de Silvio Berlusconi.