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Dois anos da explosão de Beirute: histórias de sobrevivência numa cidade que tarda a reerguer-se

Recorde a história do bebé que nasceu minutos depois da explosão, o padre que perdeu a igreja e a noiva que sobreviveu ao dia do casamento.

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A 4 de agosto de 2020, a capital no Líbano era abalada por uma das maiores explosões não-nucleares da história. 220 pessoas morreram e milhares ficaram sem casa. Dois anos depois, os libaneses ainda esperam que se faça justiça.

Em poucos segundos, a explosão no porto de Beirute, onde estava armazenadas as quase 3.000 toneladas de nitrato de amónio, destruíram uma parte da cidade e deixaram 300 mil pessoas sem casa. Pelo menos 220 pessoas morreram vítimas da explosão.

George não deu por nada: o bebé nasceu poucos minutos depois da explosão, à luz de telemóveis.

O taxista Naseem Abi-Abd estava à espera de um cliente quando decidiu sair do carro para procurar uma sombra. Salvou-se, mas perdeu o táxi e o emprego, que ficaram debaixo de um prédio que colapsou.

O padre, que em tempos de pandemia, celebrava a missa pela internet, ficou sem igreja. Israa Seblani, a noiva de Beirute, sobreviveu ao dia do seu casamento e ajudou a tratar alguns dos mais de 6.000 feridos provocados pela explosão.

A cidade tarda a reerguer-se: dois anos depois, há ainda muitas feridas abertas, sobretudo entre quem perdeu alguém naquele dia.

O que sobrou do armazém onde estava guardada a carga explosiva foi destruído por um incêndio, em curso desde o mês passado. As chamas levaram ao colapso de parte do edifício, precisamente no dia do segundo aniversário da explosão.