A China acusa o secretário de Estado norte-americano de divulgar notícias falsas. Em causa estão as declarações de Anthony Blinken que disse que os exercícios militares ao largo de Taiwan provocam uma escalada de tensão injustificada.
O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros já comentou. "O secretário de Estado dos EUA realizou uma conferência de imprensa e passou algumas notícias falsas, não disse a verdade".
Por isso, acrescentou Wang Yi, "é ainda mais importante esclarecer e relatar os factos". E que factos são esses? "Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, desrespeitou a forte oposição da China e as nossas repetidas comunicações. Foi até com alguma insolência que o Governo dos EUA tratou da negativa visita a Taiwan, um território da China".
Esta visita teve um grande impacto na soberania da China, interferiu de forma grave com questões nacionais, violou a promessa feita pelos EUA à China e prejudicou de forma grave as relações no Estreito de Taiwan. Portanto, é natural que a China mostre a sua firme oposição.
O que disse Blinken?
Anthony Blinken considerou que não havia "pretexto" para Pequim iniciar exercícios no Estreito de Taiwan. Desde quinta-feira, a China tem desenvolvido gigantescas manobras, mobilizando mísseis aéreos, da marinha e balísticos, em seis setores marítimos ao redor de Taiwan, em resposta à visita da presidente da Câmara dos Representantes do Congresso norte-americano, Nancy Pelosi.
"Essas provocações representam uma escalada significativa. Pode-se ver como Pequim vem tentando mudar o 'status quo' de Taiwan há algum tempo(...). Agora estão a promover ações perigosas a um novo nível"
"A China optou por exagerar e usar a visita de Pelosi como pretexto. O facto é que a visita foi pacífica. Não há justificação para esta resposta militar extrema e desproporcional e que alimenta a escalada", continuou. "Antecipámos que a China reagiria dessa maneira. Na verdade, descrevemos exatamente esse cenário", acrescentou.