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Quinze soldados mortos em duplo ataque no Burkina Faso

Quinze soldados mortos em duplo ataque no Burkina Faso
FLORENT VERGNES / Getty Images

Ataque foi atribuído a fundamentalistas islâmicos.

Quinze soldados do Burkina Faso foram esta terça-feira mortos em dois ataques com explosivos cometidos por alegados fundamentalistas islâmicos no norte do país, anunciou o Estado-Maior do Exército em comunicado.

O duplo ataque "com engenhos explosivos artesanais ocorreu no eixo Bourzanga-Djibo" na região centro-norte, à passagem de uma coluna militar, segundo o Exército.

"O balanço dos dois ataques aponta para 15 soldados mortos e um ferido e danos materiais", lê-se no comunicado.

Um dos veículos da coluna acionou um dos engenhos explosivos perto da localidade de Namsiguia, na província de Bam, e quando se prestava socorro às vítimas um segundo artefacto explosivo foi acionado à distância.

De acordo com o exército, "foram imediatamente enviados reforços para o local do incidente para garantir a retirada das vítimas" e estão em curso operações de segurança na zona.

Na segunda-feira, pelo menos 10 civis, incluindo quatro auxiliares dos Voluntários para a Defesa da Pátria (VDP), foram mortos durante um ataque de alegados fundamentalistas, também no norte do país, segundo fontes de segurança e locais.

Na passada quinta-feira, nove auxiliares do exército e quatro militares foram mortos num ataque contra uma unidade do destacamento militar de Bourzanga (norte) que coordenava uma ação ofensiva com um grupo do VDP, segundo o Exército.

O norte e o leste de Burkina Faso são as duas regiões mais afetadas pelos ataques de fundamentalistas islâmicos, mas as outras regiões também sofrem este tipo de ataques.

O Burkina Faso, onde os militares tomaram o poder pela força em janeiro com a promessa de acabar com a atividade fundamentalista, é confrontado como vários países vizinhos com a violência de movimentos extremistas islâmicos ligados à Al-Qaida e ao grupo extremista Estado Islâmico, que desde 2015 causaram milhares de mortes e cerca de dois milhões de deslocados.

Mais de 40% do território de Burkina está fora do controlo do Estado, segundo dados oficiais.

Em 24 de janeiro, o tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba derrubou o Presidente Roch Marc Christian Kaboré, acusado de não ter conseguido conter a violência fundamentalista.

Mas a situação de segurança não melhorou e os ataques atribuídos às organizações extremistas multiplicaram-se nos últimos meses, visando civis e soldados.

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