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Ministro da Justiça admitiu ter "aprovado pessoalmente" as buscas à mansão de Trump

Ministro da Justiça admitiu ter "aprovado pessoalmente" as buscas à mansão de Trump
Drew Angerer

Merrick Garland pediu para que fosse divulgado o mandado de busca do FBI à mansão do antigo Presidente dos EUA.

Em plena tempestade política nos EUA entre democratas e republicanos, o ministro da Justiça, Merrick Garland, afirmou esta quinta-feira que tinha "aprovado pessoalmente" a busca feita pelo FBI à mansão de Donald Trump no estado da Florida.

Durante uma conferência de imprensa excecional, Garland não revelou nada sobre as razões e os resultados da busca, mas adiantou que tinha sido autorizada por um juiz federal.

"Aprovei pessoalmente a decisão de solicitar um mandado de busca para este assunto", declarou Garland. "O Departamento de Justiça não toma este género de decisão de ânimo leve", garantiu.

Esta busca inédita feita pelo FBI a um antigo presidente dos EUA ocorreu na segunda-feira, à residência de luxo de Trump em Mar-a-Lago, Palm Beach.

Garland não revelou o que quer que fosse sobre a busca do FBI. Apenas aludiu a uma "causa provável" justificativa da decisão das autoridades, mas sem explicitar.

O chefe do Departamento de Justiça também já pediu a um tribunal que revele o mandado de busca do FBI à propriedade imobiliária de Trump. O pedido é significativo porque estes documentos permanecem selados enquanto duram as investigações.

"O poderoso e claro interesse público na compreensão do que se passou nestas circunstâncias pesa muito em favor da divulgação" do documento, segundo um pedido apresentado hoje num tribunal federal na Florida.

Entretanto, na quarta-feira, Trump foi ouvido sob juramento na Procuradoria-Geral de Nova Iorque.

Mas, aí, invocou ao longo de quatro horas mais de 440 vezes o seu direito de não responder às perguntas, invocando a 5.ª Emenda da Constituição dos EUA, segundo a comunicação social dos EUA. A procuradora-geral estadual, Letitia James, investiga desde 2019 as suspeitas de fraude financeira no seio do grupo empresarial familiar Trump Organization.

Segundo um dos advogados de Trump, Ron Fischetti, citado pela televisão NBC, a única resposta que o seu cliente deu foi dar o seu nome.

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