Depois das ameaças da China, o exército de Taiwan fez novos exercícios militares com munição real. O porta-voz do Exército diz que as forças dispararam projéteis e sinalizadores, na manhã desta quinta-feira, como parte do treino de defesa.
Os exercícios surgem depois de Pequim ter anunciado que vai fazer patrulhas regulares nas águas nas redondezas da ilha. Taiwan disse esta quinta-feira que detetou 21 aviões e seis navios chineses nas imediações do país.
Exército chinês vai patrulhar "regularmente" as águas em torno de Taiwan
O Exército de Libertação Popular (ELP) "vai organizar patrulhas regulares de combate" nas águas ao redor de Taiwan, anunciou um porta-voz do exército chinês, citado esta quinta-feira pela imprensa estatal.
Shi Yi, porta-voz do Comando do Teatro Leste, disse que os recentes exercícios militares chineses, que incluíram o uso de fogo real e lançamento de mísseis, "atingiram os seus objetivos" e "testaram efetivamente a capacidade de combate" das Forças Armadas chinesas.
Após a visita da líder do Congresso norte-americano, Nancy Pelosi, a Taiwan, Pequim anunciou manobras militares ao redor da ilha, que duraram quase uma semana. Os exercícios, de uma intensidade inédita em várias décadas, incluíram o bloqueio do espaço aéreo e marítimo em seis áreas da costa de Taiwan.
Taipé descreveu as manobras da China como um bloqueio da ilha e uma "irresponsabilidade".Shi Yi explicou que as forças do Comando de Operações do Teatro Oeste "vão proteger resolutamente a soberania nacional e a integridade territorial" da China.
O porta-voz do ministério da Defesa chinês, Tan Kefei, afirmou que as manobras constituem um "poderoso impedimento às forças separatistas de Taiwan e à interferência estrangeira", e acrescentou que as ações militares chinesas são "necessárias e justificadas para proteger a soberania de Taiwan".
Tan acrescentou que os exercícios militares foram realizados "de acordo com as leis e práticas nacionais e internacionais" e que o "processo de reunificação é imparável".