As autoridades de saúde norte-americanas identificaram a presença do vírus da poliomielite nos sistemas de resíduos de Nova Iorque. Este vírus, que não era identificado nos Estados Unidos há uma década, tem vindo a ser transmitido entre pessoas não vacinadas, alertam os especialistas.
Mary T. Bassett, comissária estatal do Departamento de Saúde, disse que a identificação do vírus da poliomielite é alarmante, mas não surpreendente, avança a Associated Press. Também o Comissário da Saúde da cidade de Nova Iorque, Ashwin Vasan, alerta para o risco que este vírus representa para a população.
"O risco para os nova-iorquinos é real mas a defesa é tão simples – ser vacinado contra a poliomielite”, disse Ashwin Vasan. “Com a circulação da poliomielite nas nossas comunidades não há nada mais essencial do que vacinar as nossas crianças e protegê-las deste vírus, e se for um adulto não vacinado ou com a vacinação incompleta, por favor opte por receber a vacina agora. A poliomielite é inteiramente prevenível e o reaparecimento deve ser uma chamada de atenção para todos nós"
Os resíduos analisados foram recolhidos durante o mês de junho nas regiões de Rockland County e Orange County, a norte da cidade de Nova Iorque. Ambas as zonas são conhecidas como centros de resistência à vacinação. Há algumas semanas, uma pessoa ficou paralisada devido à infeção, em Rockland County.
A maioria das pessoas não desenvolvem sintomas quando infetadas pelo vírus da poliomielite, mas podem transmiti-lo durante vários dias ou semanas. No entanto, a doença pode provocar paralisia, tendo uma taxa da letalidade entre os 5 e os 10% entre as pessoas que sofrem de paralisia. As crianças são os principais afetados por esta doença.
Com base em dados referentes a surtos anteriores, é possível que centenas de pessoas em Nova Iorque tenham sido infetadas pelo vírus da poliomielite sem o saberem.
A vacina contra a poliomielite está disponível desde 1955 e contribui para um descida acentuada dos casos registados no país. Segundo dados do Centro norte-americano de Controlo e Prevenção de Doença (CDC, na sigla inglesa), na década de 1960, o número de casos de poliomielite não chegou aos 100 por ano e, na década de 1970, esse valor desceu para menos de 10.