O chefe da diplomacia da União Europeia classificou esta segunda-feira como injusta a condenação da ex-dirigente birmanesa Aung San Suu Kyi a uma nova pena de prisão, apelando ao regime militar para que a "liberte imediatamente".
"Condeno a injusta sentença de Aung San Suu Kyi e mais seis anos e prisão e apelo ao regime birmanês para que a liberte imediatamente e sem condições, assim como a todos os prisioneiros políticos, e para que respeite a vontade popular", escreveu Josep Borrell no Twitter.
A ex-dirigente de Myanmar foi condenada a mais seis anos de prisão, que se juntam aos 11 anos de detenção a que já estava sujeita.
Suu Kyi, Nobel da Paz e líder de facto do Governo deposto em fevereiro de 2021 pelas forças armadas, foi condenada por quatro acusações de corrupção relativas à atividade de uma organização não-governamental.
As autoridades acusam-na de provocar perdas para o Estado de mais de 24,2 mil milhões de kyats (11,3 milhões de euros) por ceder terrenos públicos a preços baixos à Fundação Daw Khin Kyi, que tem o nome da mãe de Suu Kyi.
Com a pena anunciada esta segunda-feira, Suu Kyi acumula condenações no total de 17 anos de prisão e a lista poderá continuar a aumentar, já que há outros processos pendentes.