Mundo

Anthony Fauci vai deixar de ser conselheiro da Casa Branca

Anthony Fauci vai deixar de ser conselheiro da Casa Branca
Tom Williams/Getty Imagens

O epidemiologista norte-americano vai também deixar a direção do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID).

Tornou-se mundialmente conhecido com a pandemia da covid-19. Falamos de Anthony Fauci, o epidemiologista e conselheiro da Casa Branca, considerado uma das figuras centrais da gestão da pandemia nos Estados Unidos. Agora sabe-se que em dezembro vai abandonar os dois cargos.

“Vou deixar esses cargos em dezembro deste ano para seguir o próximo capítulo da minha carreira”, disse Fauci em comunicado, garantindo ter sido "uma honra" ocupá-los e esclarecendo que não irá reformar-se.

“Quero usar o que aprendi como diretor do NIAID para continuar a avançar na ciência e na saúde pública e inspirar e orientar a próxima geração de líderes científicos, que ajudam a preparar o mundo para enfrentar futuras ameaças de doenças infecciosas”, revelou.

Anthony Fauci, o principal especialista em doenças infecciosas dos EUA - antes da covid-19 liderava a resposta ao VIH e outras doenças infecciosas - foi durante as cinco décadas que esteve ao serviço do governo federal alvo de ataques partidários.

Destaque também para as divergências com o ex-Presidente Donald Trump. No início da pandemia, em 2020, Fauci era presença assídua na televisão e em conferências de imprensa na Casa Branca. Porém, com evolução da pandemia, Trump e Fauci entraram em rutura, nomeadamente devido ao facto de o ex-Presidente defender publicamente terapias não comprovadas cientificamente contra o vírus SARS-CoV-2 e Fauci obviamente a opor-se.

Fauci foi ainda alvo de ataques políticos e ameaças de morte, tendo-lhe sido atribuído um destacamento próprio de segurança.

Quando Joe Biden chegou à Casa Branca pediu a Fauci que permanecesse no seu governo, tecendo rasgados elogios ao trabalho que o epidemiologista tinha feito. "Os Estados Unidos são mais fortes, mais resistentes e mais saudáveis ​​por causa dele", escreveu o atual Presidente norte-americano.