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Advogados de Trump exigem que juíza rejeite análise de documentos apreendidos pelo FBI

Advogados de Trump exigem que juíza rejeite análise de documentos apreendidos pelo FBI
JIM BOURG

Os advogados do ex-Presidente dos Estados Unidos dizem que a investigação é "sem precedentes e errada".

Os advogados de Donald Trump pediram à juíza Aileen Cannon para rejeitar o pedido de Washington para continuar a analisar os documentos apreendidos pelo FBI durante buscas à mansão do ex-Presidente norte-americano em Mar-a-Lago, na Florida.

A defesa de Trump alega, como uma das principais razões para rejeitar o pedido do Departamento de Justiça, que "o Governo está a tentar criminalizar indevidamente a posse pelo 45.º Presidente [dos Estados Unidos] dos seus próprios registos presidenciais e pessoais".

Na última semana, a juíza aceitou um pedido do antigo Presidente norte-americanos para que um especialista supervisione os documentos, alguns com rótulos "ultrassecretos" ou "confidencial", encontrados em Mar-a-Lago, uma decisão recorrida pelo Departamento de Justiça num tribunal da Geórgia.

No entanto, até que o recurso seja ouvido, os advogados do Governo querem que a juíza suspenda a parte da sua ordem que diz que o Departamento de Justiça não pode continuar a analisar o material apreendido na residência de Trump ou usá-lo como parte da investigação até que um perito termine a sua análise ou até nova ordem judicial.

Não obstante, o Gabinete do Diretor de Inteligência Nacional pode continuar a sua avaliação do potencial risco à segurança nacional que constitui a eliminação de documentos confidenciais da custódia do Governo, é acrescentado.

No briefing apresentado à juíza, nomeada por Trump, os advogados do ex-Presidente dos Estados Unidos dizem que a investigação é "sem precedentes e errada".

"Essencialmente, é uma disputa sobre o armazenamento de documentos que saiu fora do controlo", observaram.

Entretanto, Trump encontra-se de visita a Washington, naquela que é a sua segunda viagem à capital desde que deixou a Casa Branca em 2021, tendo gerado especulações sobre os motivos da sua estadia, que não foi revelada.

Numa mensagem publicada na sua rede social, Truth Social, o ex-chefe de Estado indicou que estava a trabalhar no seu clube de golfe em Washington DC, perto do rio Potomac.