Dois ativistas da Extinction Rebelliom colaram-se a uma pintura premiada de Pablo Picasso na Galeria Nacional de Victoria, na Austrália, para chamar a atenção para as causas ambientais antes das eleições estaduais no próximo mês.
O par de ativistas do clima teve como alvo a pintura expressionista anti-guerra de Pablo Picasso, que remonta a 1951, como forma de instar o Governo, corporações e instituições a tomarem medidas contra a crise ambiental global.
Como forma de protesto, os dois manifestantes colaram as mãos, recorrendo a supercola, à terceira pintura antiguerra de Picasso, no domingo.
Estes dois ativistas estavam acompanhados por um grupo que gritava “parem com o carvão, parem com o gás, parem com o petróleo, parem com a exploração florestal”.
Esta ação não danificou a obra, que estava protegida por um acrílico. Ainda assim, os manifestantes foram detidos e posteriormente libertados sem acusações.
O espaço de exposição foi reaberto ao público poucas horas depois.
O porta-voz da Extinction Rebellion, Brad Homewood, disse que o grupo sabia que poderiam realizar este protesto sem danificar a obra de arte.
“A nossa intenção sempre foi colar no acrílico”, disse acrescentando que um conservador teve de usar acetona para dissolver a supercola usada pelos ativistas.
O professor aposentado e ativista Tony Gleeson, um dos manifestantes que se colou à pintura disse, em comunicado, que a obra de Picasso representa o sofrimento da guerra.
"Precisamos de pensar como é que esse tipo de sofrimento aumentará e como é que o colapso social, que os cientistas avisam, está a chegar e acabará por nos colocar na linha de fogo".
A obra de Picasso foi emprestada à galeria Nacional de Victoria, em Melbourne, como parte da exposição Picasso Century.