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China preparada para "aprofundar" relações e apoiar Rússia "a todos os níveis"

China preparada para "aprofundar" relações e apoiar Rússia "a todos os níveis"
David 'Dee' Delgado

Apoio foi manifestado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da China.

A China está preparada para "aprofundar" as suas relações com a Rússia "a todos os níveis" e "apoia determinadamente" Moscovo nas dificuldades, garantiu esta quinta-feira o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, ao homólogo russo, Sergei Lavrov.

Apesar das relações turbulentas durante a Guerra Fria, Pequim e Moscovo aproximaram-se muito nos últimos anos, para contrabalançar os Estados Unidos.

O Governo chinês nunca condenou, por exemplo, a invasão russa da Ucrânia e atribui o conflito aos Estados Unidos e à NATO.

Esta quinta-feira, o ministro das Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, reiterou o apoio do seu país à Rússia, apesar das críticas ocidentais, noticiou a agência France-Presse (AFP).

"A China apoia determinadamente o lado russo (...) para superar as dificuldades e eliminar a interferência externa", realçou Wang Yi, numa posição manifestada ao homólogo russo, Serguei Lavrov, durante uma conversa telefónica.

O comunicado sobre o diálogo entre os governantes, citado pela televisão pública chinesa CCTV, não menciona explicitamente a Ucrânia.

"A China está disposta a aprofundar os intercâmbios com a Rússia em todos os níveis", garantiu ainda Wang a Lavrov.

Estas declarações são as primeiras após Xi Jinping ter obtido um terceiro mandato de cinco anos após o Congresso do Partido Comunista (PCC), onde reforçou o seu estatuto de líder chinês mais influente desde Mao Tse-tung.

Já no mês passado, Xi Jinping tinha reafirmado o seu apoio ao Presidente russo, Vladimir Putin, apesar das dificuldades enfrentadas pela Rússia no campo de batalha na Ucrânia.

Na altura, o líder chinês garantiu que o seu país estava preparado para trabalhar com Moscovo para apoio mútuo dos seus "interesses fundamentais".

Entretanto, Wang Yi tinha-se encontrado com o homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, em setembro, à margem da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque.

Este é um sinal de que a China, oficialmente neutra, mas às vezes considerada muito próxima de Moscovo pelos ocidentais, parece querer equilibrar mais a sua posição.

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