A fase inicial de instalação de equipamento de monitorização de alta tecnologia ao longo de um muro na fronteira Polónia-Bielorússia foi esta sexta-feira inspecionada pelo ministro do Interior polaco.
O ministro polaco, Mariusz Kaminski, disse na ocasião que o muro de 5,5 metros de altura reduziu em dez vezes as tentativas de travessia da fronteira e a Guarda de Fronteiras do país estima que o número diário de travessias de migrantes diminuiu para algumas dezenas, em comparação com milhares em 2021 e no início deste ano.
Kaminski defendeu que o muro dará à Polónia "a fronteira mais segura da União Europeia", juntamente com a construção de uma barreira fronteiriças com o enclave russo de Kaliningrado.
Câmaras e sensores de movimentos foram até agora instalados ao longo de 21 quilómetros do muro e deverá estar concluída no final do ano a instalação de equipamento de monitorização de todos os 206 quilómetros do muro.
O muro ajudará a "prevenir a migração ilegal que tem motivações políticas e visa desestabilizar a situação na região", disse Kaminski.
A construção do muro visa impedir o que as autoridades polacas dizem serem esforços do autoritário Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, para empurrar milhares de migrantes para a Polónia, com objetivo de desestabilizar a UE.
Referindo-se a incidentes violentos na fronteira há um ano, Kaminski disse que "a situação é muito, muito melhor" agora.
As difíceis condições do terreno e temperaturas gélidas resultaram na morte de pelo menos 27 migrantes, tendo as autoridades polacas frequentemente de vir em socorro de grupos em zonas pantanosas remotas.
O ministro disse ainda que uma empresa polaca vai começar este ano a instalar equipamento de alta tecnologia para monitorização ao longo da fronteira terrestre de 210 quilómetros com Kaliningrado, onde está a ser erguida uma barreira de arame farpado.
A Polónia diz que vê sinais de que a Rússia quer canalizar migrantes para o país através do enclave.