As Nações Unidas alertam que os números divulgados são sobre pessoas e não são, apenas, estatísticas. E essas pessoas são mulheres e meninas, vítimas de violência.
Só no último ano, mais de 81 mil foram assassinadas, em todo o mundo. Mais de metade, morreram às mãos do parceiro ou de outro membro da própria família. A ONU diz que em muitas situações, a casa não é um lugar seguro e os mais próximos podem ser o inimigo.
A violência contra as mulheres é uma das mais disseminadas formas de violação dos direitos humanos, culturalmente enraizada em muitas regiões, mas não exclusiva de qualquer país ou estrato socioeconómico.
Muitos dos crimes acabam por nem entrar para esta contabilização porque não resultam em condenações, e nem mesmo em acusações.
As Nações Unidas dizem que em 40% dos casos de mulheres ou meninas assassinadas os criminosos escapam impunemente. E que não há qualquer possibilidade de saber números exatos, principalmente em países em guerra ou quando a violência é uma consequência da atividade de gangues ou das redes de tráfico humano.