O Presidente da China, Xi Jinping, terá admitido ao Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, que as manifestações no país se devem ao facto de os chineses "estarem frustrados após três anos de pandemia".
As declarações foram feitas na quinta-feira, durante o último dia de visita de Charles Michel à China, e citadas por um responsável europeu, que falou sob anonimato.
No final do encontro em Pequim, o líder chinês terá ainda admitido que a variante Ómicron, por ser menos mortal, permite o alívio das restrições no país mais castigado pelos confinamentos.
Isto numa altura em que várias cidades chinesas deixaram cair muitas das restrições para conter a pandemia, no rescaldo dos maiores protestos na China em décadas, desde a revolta estudantil na praça Tiananmen, em 1989.
Xi justificou a flexibilização da política anti-Covid, apontando que agora "a variante que prevalece na China é, principalmente, a Ómicron, menos letal, o que abre caminho para mais flexibilidade nas restrições", disse o funcionário.
Charles Michel, que representa os 27 estados membros da União Europeia, visitou Pequim na quarta e quinta-feira, onde se encontrou com o Presidente chinês, Xi Jinping.
O presidente do Conselho Europeu defendeu o uso de vacinas contra a covid-19 e levantou a questão das severas restrições em vigor na China.