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Tiroteio no Dia da Independência: pai de suspeito acusado de conduta imprudente

Tiroteio no Dia da Independência: pai de suspeito acusado de conduta imprudente
Nam Y. Huh

O procurador alegou que o pai sabia de uma série de episódios preocupantes que envolviam o filho antes de assinar o pedido de autorização de porte de arma.

Procuradores de Chicago acusaram este sábado o pai do suspeito de ter matado sete pessoas num desfile no Dia da Independência dos EUA, em Highland Park, Illinois, alegando ter sido imprudente quando assinou a licença de arma para o filho.

O pai de Robert E. Crimo III -- Robert Crimo Jr. -- enfrenta sete acusações de conduta imprudente.

"As pessoas assumem a responsabilidade quando colocam outras pessoas em perigo de forma imprudente", disse o principal procurador de Lake County, Eric Rinehart, ao anunciar as acusações, que podem levar a uma pena de até três anos de prisão, segundo o jornal The New York Times.

Eric Rinehart alegou que o pai sabia de uma série de episódios preocupantes envolvendo o seu filho antes de assinar o pedido de autorização de porte de arma, e que endossar esse pedido foi imprudente.

"O Governo normalmente não saberá mais do que um pai sobre o que está a acontecer (...) com um jovem de 18, 19 ou 20 anos", disse Rinehart.

O detido pelo tiroteio de 4 de julho num desfile nos arredores de Chicago, nos Estados Unidos, que resultou em sete mortos e cerca de 50 feridos, declarou-se este sábado "inocente".

Robert Crimo, um jovem de 21 anos, compareceu no tribunal de Lake County, Illinois, informou a Fox News.

O jovem alegadamente subiu a um telhado perto de um desfile do Dia da Independência, que nos EUA é celebrado a 4 de julho, e disparou indiscriminadamente mais de 70 vezes para a multidão.

O estado de Illinois, onde está localizado Highland Park, a localidade onde ocorreu o tiroteio, não contempla a pena de morte. Se o suspeito for considerado culpado, a lei exige que a pena seja prisão perpétua sem possibilidade de condicional.

Crimo enfrenta 117 acusações de homicídio em primeiro grau, tentativa de homicídio e agressão com agravante de arma de fogo.

A polícia de Highland Park revelou que o suspeito passou semanas a planear o tiroteio e disfarçou-se com roupa de mulher para não levantar suspeitas durante a fuga. Foi detido horas depois do ataque, após uma breve perseguição.

Os investigadores confirmaram que o suspeito comprou legalmente a arma do tiroteio, uma espingarda de alto calibre, e que também tinha outras armas de fogo que também tinha adquirido legalmente e com as quais se acredita ter planeado um segundo ataque que não ocorreu.

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