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Há uma nova esperança na preservação de corais: cientistas congelam esperma e óvulos a -196ºC

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Criopreservação está a ser utilizada na Austrália, na Grande Barreira de Coral. As amostras recolhidas são imediatamente congeladas e conservadas em azoto líquido a 196 graus negativos e podem ser conservadas indefinidamente.

Os efeitos das pressões ambientais sobre a Grande Barreira de Coral da Austrália preocupam cientistas de todo o mundo. A biodiversidade e o futuro do maior sistema coralino do mundo podem estar assegurados por uma técnica de criopreservação.

O Taronga Conservation Society Australia tem o maior banco de esperma de coral do mundo. O objetivo é recolher e congelar o material a -196ºC, um processo que não é fácil mas que é possível graças a uma nova tecnologia.

Os corais da Grande Barreira de Coral, na Austrália, desovam em períodos específicos da noite, e normalmente apenas durante uma semana por ano. Como são muito sensíveis às mudanças de temperatura e à medida que a água fica mais quente nos oceanos, tem-se assistido à descoloração em massa, ou seja, à morte dos corais, dos quais restam apenas esqueletos esbranquiçados.

O sistema de recifes ao largo da costa nordeste da Austrália é o maior do mundo. Com uma superfície de 348 mil quilómetros quadrados, alberga 400 espécies de corais e é, desde 1981, Património Mundial da UNESCO.